ANTONIO C.VIEIRA
A PINTURA COMO CULTURA DA PERENIDADE ESSENCIAL DA IMAGEM
Com coerente conjunto de formas ora figuradas aglutinadas, constituindo massas de cores amalgamadas, compactas, intensas e ora sugeridas desagregadas, transmutando-se em gradações tonais que variam de manchas densamente escuras às suas modificações em parcelas de luminosidades fluídicas, transparentes, Antonio Carlos refere a peculiar visualidade das superfícies rupestres, nas quais os efeitos da erosão, do tempo e da luz e sombra suas matérias proporcionam expressividade pictórica fantástica própria, típica, genuína. Pelas texturas "craquellées" sobrepostas nos claros e escuros da sua pintura, Antonio reverencia as abstrações naturais visíveis nas montanhas e cavernas milenares e nos troncos da portentosas árvores seculares. A sua equivale a um consciencioso culto à imemorial e permanente representatividade dessas imagens da natureza.
João Carlos Cavalcanti
|