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Residência Pedagógica

Edital nº 6/2018

O Edital nº 6/2018 da Capes, que institui o Programa de Residência Pedagógica, pode ser consultado, na íntegra, pelo link:
https://www.capes.gov.br/images/stories/download/editais/01032018-Edital-6-2018-Residencia-pedagogica.pdf

Subprojeto:


O Subprojeto de Língua Portuguesa

O subprojeto de Língua Portuguesa, único subprojeto de RP da PUC-Rio no Edital nº 6/2018, busca formar profissionais capazes de empregar, adequadamente, os conhecimentos adquiridos na Universidade para ler, observar e analisar – criticamente – os mais variados contextos, as mais variadas realidades, para a construção de um mundo mais justo e menos discriminatório.

Com base nos princípios da Prática Exploratória (Allwright, 2003), esse subprojeto orienta o seu trabalho para o entendimento da qualidade de vida na sala de aula (Gieve e Miller 2006; Miller, 2013), com o envolvimento de todos os participantes do processo, integrando o trabalho com as práticas de sala de aula e estimulando um comportamento reflexivo contínuo no percurso profissional docente. Ressalte-se que, no cerne das concepções teóricas de língua, linguagem, textos e gêneros textuais, as quais vêm dando suporte ao ensino de Língua Portuguesa hoje, já estão implicadas questões éticas e de formação da cidadania.

A formação de professores de línguas na PUC-Rio vem desenvolvendo um trabalho reflexivo, que se realiza na sala de aula e fora dela enquanto se aprende e se ensina e que envolve todos os participantes na busca pelo entendimento – tarefa que se realiza aguçando o olhar, o ouvir e o sentir sobre o que acontece enquanto acontece.  Assumindo uma racionalidade crítica (Diniz-Pereira, 2011), o subprojeto de Língua Portuguesa adota uma práxis problematizadora, em que professores e alunos constroem conjuntamente conhecimentos em função de demandas voltadas para a transformação da realidade e para a promoção da justiça social.

Nessa perspectiva, o trabalho proposto pelo subprojeto procura constituir-se, polifonicamente, como meio de ampliação de conhecimento pragmático e de repertório dos futuros docentes (residentes) e docentes em exercício (preceptores e orientadores), sobretudo, como forma de refletir, intensa e continuamente, como os coparticipantes constroem seus conhecimentos cognitivos, sociais e afetivos dentro das situações vivenciadas, com vistas a atingir a autonomia profissional e pessoal.

O Subprojeto de Língua Portuguesa do Programa de RP da PUC-Rio conta com a parceria da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro para a sua execução. Os 27 residentes integrantes do Projeto desenvolvem suas atividades de estágio nas escolas municipais Christiano Hamann, Georg Pfisterer e Desembargador Oscar Tenório.


Escolas Participantes

ESCOLA MUNICIPAL CHRISTIANO HAMANN

A Escola Municipal Christiano Hamann, fundada em 26 de dezembro de 1966, está localizada atualmente no bairro da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Conta com Salas de Aula climatizadas, Sala de Leitura, Sala de Informática, Laboratório de Ciências e Sala Multiuso (onde acontecem as aulas de Artes Cênicas e são realizadas outras aulas e apresentações). Ligia Figueiredo, que chegou como Professora de Geografia em 1988, é Diretora desde 1995 e conta com uma equipe completa.

A Unidade Escolar tem 391 alunos e funciona nos períodos da manhã e da tarde. Dentre eles, 73 estudam nas duas turmas de 7° Ano do período da tarde, cujas aulas de Língua Portuguesa são ministradas pela Professora Regente e Preceptora Márcia Regina e pelos Residentes da PUC/CAPES.

A Christiano Hamann atende crianças e jovens dos 11 aos 17 anos, do 6° ao 9° Ano do Ensino Fundamental, e seu alunado é composto principalmente por estudantes oriundos do bairro da Rocinha. Seus mais recentes IDEB e IDERIO, respectivamente, são de 5,1 e 5,3.

(Texto de Marcia Regina Ribeiro da Silva)

ESCOLA MUNICIPAL DESEMBARGADOR OSCAR TENÓRIO

Fundada em 1982, a Escola Municipal Desembargador Oscar Tenório apresenta a seguinte característica: prédio individual, verticalizado, com apenas uma entrada principal e uma entrada para garagem. O pátio externo é dividido em uma quadra poliesportiva e área de passagem. O acesso ao prédio é feito através da escada ou da rampa. No pátio coberto encontramos dois banheiros de alunos (masculino e feminino), o refeitório (com capacidade para 90 alunos), uma sala de jogos com diversos materiais, e, no subsolo, um Ateliê de Artes.

No 1º andar, encontra-se a Direção (Secretaria, Sala de Professores, Direção), 2 salas de aula, 1 Sala de Leitura (com acervo de cerca de 4000 títulos e capacidade para 40 alunos), 1 Teatro (com capacidade para 90 pessoas) e um Laboratório de Ciências equipado. No 2º andar, encontramos 4 salas de aula, 2 laboratórios de Informática (em manutenção para instalação dos novos computadores), 1 sala de Vídeo, 1 sala da Coordenação Pedagógica, 1 Sala de História e Geografia). No 3º andar há 8 salas de aulas, 1 sala de recursos com um banheiro de alunos. Além disso, contamos com uma equipe com 44 professores, 1 Professor de Sala de Leitura, 1 Apoio à Direção, 2 Agentes Educadores, 1 Agente de Portaria, 4 APAS e 4 Funcionários de Limpeza, terceirizados.

Todas as salas, desses diferentes espaços educativos, possuem aparelho de ar condicionado, boa iluminação e os murais estão sendo restaurados pelos professores propiciando uma melhor ambiência pedagógica. Há uma grande variedade de propostas pedagógicas oferecidas aos alunos tais como aulas passeio, oficinas de teatro, reforço de Matemática, Palestras, participação em Cursos oferecidos por Universidade, uso do laboratório de Informática, incentivo à progressão individual, etc.

Situada no bairro da Gávea, nossa vizinhança é de classe média alta, com muitos contrastes com a realidade dos alunos. Alguns moradores contribuem com doação de livros ou realização de alguns projetos. Desde 2015 está U.E. passou a atender apenas ao segundo segmento, em horário parcial. Hoje, em 2019 estão matriculados cerca de 682 alunos, distribuídos em 21 turmas, sendo 19 turmas regulares e 2 turmas de projetos (Carioca II). A clientela é formada por cerca de noventa por cento de alunos oriundos da Rocinha e o restante, de bairros próximos. A maioria dos profissionais que aqui atuam está há mais de 6 anos nesta U.E.; alguns há mais de 15 anos e outros desde a sua fundação.

A Escola Municipal Desembargador Oscar Tenório sempre foi voltada para as artes, nossas paredes sempre foram decoradas com quadros produzidos pelos alunos, base da proposta da Arte-Educação desenvolvida pela antiga direção. Hoje nosso PPP “EDUCAÇÃO PELA ARTE” mantém este mote como motivador e sensibilizador das diversas ações pedagógicas. Nosso Ateliê de Artes há constantemente exposição dos trabalhos artísticos dos alunos, uma forma de expressão individual que acrescenta à Escola Oscar Tenório um novo olhar sobre o educando. Através da arte, muitos alunos apresentaram melhoria nos estudos, elevando seus desempenhos escolares em diversas áreas. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) da escola é de 4,2 referente ao ano de 2017.

O desafio da equipe gestora junto aos professores e alunos é oferecer aos alunos novas perspectivas de vida, potencializar sua formação e desenvolver o senso de justiça, fraternidade e humanidade em todos os indivíduos envolvidos neste processo de ensino e aprendizagem, para que a vida se torne mais prazerosa e com mais oportunidades.

Por fim, nossa missão é formar para uma educação cidadã através de um aprendizado com significado, para o entendimento da realidade e inserção no mercado de trabalho, buscando diminuir as desigualdades.

(Texto de Marina Rodrigues de Oliveira)

ESCOLA MUNICIPAL GEORG PFISTERER

A parceria entre a PUC e a Escola Municipal Georg Pfisterer iniciou-se em 2018, contando com dois servidores docentes, chamados de “preceptores” dentro do projeto Residência Pedagógica, que receberam 20 alunos da PUC residentes de Língua Portuguesa.

Com cerca de 1200 alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental, e aproximadamente 70 professores, a E. M. Georg Pfisterer, situada no bairro do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, é uma das maiores escolas da região, recebendo alunos, principalmente, dos bairros da Rocinha, do Vidigal e da comunidade da Cruzada de São Sebastião.

Marcada pela busca por uma educação emancipadora, a EMGP vê na relação com a PUC, que se iniciara com o PIBID, uma importante articulação entre os saberes acadêmicos e os da práxis docentes vivenciadas na unidade escolar. Essa via de mão dupla permite ao mesmo tempo a oxigenação do espaço escolar com as ideias trazidas pelos residentes, e a ampliação da formação dos mesmos, que imergem em realidades profissionais com as quais terão de lidar no futuro.

Nesse percurso, primeiro se vivenciou um período de ambientação no espaço escolar e, em seguida, a fase de regência. Para muitos, fora a primeira experiência conduzindo a aula em uma escola pública; para outros, a primeira vez na vida no exercício da docência.

(Texto de Diogo Pinheiro dos Reis Andrade)