Objetivos
- Promover o diálogo entre academia, setor público e setor privado para desenhar estratégias coordenadas de ação sobre fé e inovação, em sintonia com a agenda da COP30.
- Fomentar redes de cooperação interuniversitária em torno da sustentabilidade e da mudança climática.
- Impulsionar compromissos das universidades ibero-americanas com a transição justa, por meio de modelos de desenvolvimento integral sustentáveis capazes de enfrentar a crise ecológica socioambiental.
- Articular recomendações estratégicas para a COP30 a partir da comunidade acadêmica.
- Refletir sobre o impacto da encíclica Laudato Si’ no ensino superior, na pesquisa e nas políticas públicas.

Relevância
As universidades são um agente privilegiado no caos que gera a “mudança de época” da qual fala Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Como entes autárquicos organizados em redes continentais, as universidades podem colocar em marcha processos de educação e formação contínua por meio de uma “ação coordenada internacional”, de acordo com a Exortação Apostólica Laudate Deum. Segundo Francisco, “não adianta falar dos problemas, polemizar, escandalizar-nos, isso todos sabem fazer. A nós cabe organizar a esperança, traduzi-la em opções e gestos concretos de atenção, justiça, solidariedade e cuidado da casa comum.” (Mensagem na V Jornada Mundial dos Pobres, Roma, 14 de novembro de 2021).
Cientes da urgente necessidade de avançar rumo a uma “regulação ética”, em linha com o Rome Call — documento da Santa Sé assinado em conformidade por mais de 200 reitores universitários diante do Santo Padre —, a RUC promove neste encontro o “diálogo social” como “a melhor política” segundo nos diz Francisco na Carta Encíclica Fratelli Tutti: “para que ninguém fique para trás”, como expressa a Agenda 2030 da ONU; “para que nossos povos tenham uma vida boa e em abundância”, como expressam os bispos latino-americanos no Documento de Aparecida; e para “o futuro do trabalho”, como proclama a OIT.
Assumir o cuidado com a Casa Comum, de acordo com a Mensagem da Jornada Mundial da Paz 2025 do Papa Francisco, implica também pensar juntos, de maneira sinodal e criativa, como enfrentar a dívida pública:

“A dívida ecológica e a dívida externa são duas faces de uma mesma moeda dessa lógica de exploração que culmina na crise da dívida. Pensando neste Ano Jubilar, convido a comunidade internacional a empreender ações de remissão da dívida externa, reconhecendo a existência de uma dívida ecológica entre o norte e o sul do mundo. É um chamamento à solidariedade, mas sobretudo à justiça.”
Papa Francisco, Mensagem da Jornada Mundial da Paz 2025
Foto: Weiler Filho
Francisco sugere nessa mensagem “três ações para que se supere a crise da dívida”: 1) “o desenvolvimento de uma nova arquitetura financeira, que leve à criação de um Documento financeiro global, fundado na solidariedade e na harmonia entre os povos”; 2) “promover o respeito da dignidade da vida humana”; 3) “a constituição de um Fundo mundial que elimine definitivamente a fome e facilite, nos países mais pobres, atividades educativas também dirigidas a promover o desenvolvimento sustentável, contrastando a mudança climática”. Termina dizendo: “Aqueles que empreenderem, por meio dos gestos sugeridos, o caminho da esperança, poderão ver cada vez mais próxima a tão almejada meta da paz”.
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