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Exposição

"Ainda abstração"

Inauguração:
24 de novembro às 19:00 horas

Exposição:
24 de novembro a 18 de dezembro de 1998

Horário:
Segunda a Sexta-feira - 9:00 às 19:00
Sábado -13:00 às 18:00

Solar Grandjean de Montigny
Museu Universitário
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea | RJ
Telefone: 21 3527-1435
Tel/fax: 21 3527-1434
e-mail: solargm@puc-rio.br
www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar

Entrada Franca

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Convite da exposição "Ainda abstração"Clique na imagem para ampliar Convite da exposição "Ainda abstração"Clique na imagem para ampliar

Ao reunir os pintores STEVE KARLIK e BETH SHIPLEY, além de suas poéticas redutivistas, me interessa o confronto entre objetividade e subjetividade que seus trabalhos estabelecem. Ambos, usam linguagens visuais abstratas radicadas no vernáculo moderno, que permanecem. Ambos independentes de modelos teóricos a priori.

Tomando por completo a superfície bi-dimensional da pintura, STEVE KARLIK reforma o discurso construtivo onde espaço, cor, linha e equilíbrio são todos confrontados à medida que o trabalho intermedia uma investigação espacial perpassando concretude e vazio. Dentro deste contexto, os campos irregulares de esmalte industrial executados de maneira estrutural assumem um peso corpóreo. Assim, esta arrojada operação invoca uma experiência de intensa inquietude.

Encontra-se aqui um "construto" esvaziado de afeto, cuja linguagem concreta afirma o triunfo da razão moderna sobre a expressividade do sujeito.

Os desenhos e pinturas de BETH SHIPLEY estabelecem um "approach" intimista onde um certo fatalismo atua como força positiva. Isto envolve uma atitude monocromática radical que se desdobra em formas quase físicas. Nessas pinturas, pode-se observar uma linha que vaga pela superfície do quadro evitando a sedução decorrente de fáceis virtualizações. À medida que a pincelada pensa a superfície bi-dimensional da pintura, tem-se a sensação de se alcançar repentinamente um estado de esvaziamento. Redutivas mas não mínimas, ativas mas não expressivas, oníricas e líricas mas não surreais, estas pinturas tendem a sussurrar à medida que elas de desdobram continuamente com o tempo.

Apesar de suas diferenças ao pensar a pintura, estes dois artistas emergentes de Nova York compartilham um forte compromisso com o desenvolvimento do vocabulário abstrato. Esta exposição é uma oportunidade de apresentar seus mais recentes trabalhos ao público brasileiro.


DANIEL FEINGOLD
(curador)


Obra da exposição "Ainda abstração"Clique na imagem para ampliar Obra da exposição "Ainda abstração"Clique na imagem para ampliar

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