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> Vice Reitoria Acadêmica > Solar Grandjean de Montigny > Exposições 1997 > "Lauro Cesar Jardim" Período:
Solar Grandjean de Montigny Entrada Franca |
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Quando nominamos um artista como pintor, privilegiamos principalmente a cor e a ténica usadas nos seus trabalhos. Lauro Cesar Jardim, colorista por excelência apresenta nesta exposição uma série de trabalhos onde a cor, como não poderia deixar de ser, é seu principal instrumento de expressão. Na sua pintura a estrutura de nuances coloridas revelam uma particular maestria no manejo dos pincéis e é isso que deslumbra o espectador. Diferentemente de seus trabalhos anteriores, quando o gesto comandava e distribuia a cor pela superfície da tela, suas pinturas atuais revelam uma disciplina quase contida, quase geométrica. A transparência obtida pelas várias camadas de tinta e pela diversidade de tons, são norteadas por uma "espinha dorsal" que dirige o olhar do fruidor nos meandros coloridos das pinceladas. A sensação é de total envolvimento, especialmente naqueles exemplos em que predominam as cores primárias. A aplicação da cor única, resvala pelos tons e meio tons projetando no espaço uma luz homogênea, mas ao mesmo tempo difusa. Nesse sentido é interessante destacar a diversidade dos trabalhos em que o artista aplica tons terrosos, onde o tratamento dos elementos dessas pinturas é distribuido de modo mais controlado seguindo especificamente a estrutura inerente à cor. Lauro Cesarinova. Como conhecedor de todas as manifestações artísticas contemporâneas, apreende e renova sua pintura através do deslocamento proposital do suporte. Não é a ruptura da pintura dentro do enquadramento usual da tela, quando "desliga" uma parte da outra, mas uma inquietação e um questionamento sobre a estrutura e as novas possibilidades de uma obra de arte. Nesse segmento, Lauro Cesar ousa ao apresentar uma escultura geométrica onde é possível reconhecer o desejo de trilhar caminhos não explorados. O pintor passa para o trabalho tridimensional onde é possível perceber que não se trata de uma obra que saiu da tela para o espaço, mas sim, de uma proposta autônoma onde são questionadas não só o material empregado como também a postura diversificada que um artista pode desenvolver. Piedade Epstein Grinberg |
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