A meta do artista:
          O canto dos pássaros, o balançar de uma palmeira, o vermelho do pôr do sol, o som de um violino, as cores de uma aquarela, a acústica de uma catedral, todos são belezas visíveis - ou audíveis - criadas pela natureza ou pelo homem. Todas obedecem as leis da matemática desenvolvidas pelo homem. São belezas que foram explicadas somente muito tempo depois de serem criadas. De outro lado criou-se nos últimos anos desenhos fractais, pinturas epigênicas e outras obras artísticas por meios matemáticos antes de conseguir observá-los e previu-se a beleza do buraco negro do universo há décadas antes de observá-lo. Como há séculos cria-se obras de música no papel antes de ouvi-las. E minha pretensão participar humildemente nesta tendência de tornar visível o invisível. De expressar o que sinto através de imagens que há pouco tempo não eram acessíveis ao olho humano.

          Estudo as imagens de equações trigonométricas e estatísticas programadas por mim em linguagem de alto nível num micro computador. Observando-as em monitor colorido, alterando-as até expressarem os meus sentimentos. A fim de fazer juz plena ao resultado, transfiro estas imagens por meio de um traçador gráfico (plotter) ao papel ou à tela, usando pincéis e tintas artísticas convencionais e não convencionais.

          "Paul Klee disse que gostaria de fazer visível o invisível... Frantisek Kupka, Kasimir Malevich, e os pioneiros construtivistas, os irmãos Naum Gabo e Antonie Pevsner - todos tinham uma coisa em comum - eles procuraram fazer visível uma realidade que não era visível." - Roman Verostok, Mineapolis, E.U, junho 1990.