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Exposição Obra de Regina Vater

"Instalações e Vídeos"

Período:
27 de outubro a 28 de novembro de 1992

 

Solar Grandjean de Montigny
Museu Universitário
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea | RJ
Telefone: 21 3527-1435
Tel/fax: 21 3527-1434
e-mail: solargm@puc-rio.br
www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar

Entrada Franca

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Cientes da necessidade do diálogo instigante e provocativo como instrumento pedagógico, o Solar traz ao público os trabalhos de Regina Vater e Bill Lundberg, artistas de intensa carreira internacional e que vem mantendo uma linha de invenção e abordagem à idéias sociais, psicológicas, antropológicas e metafísicas em seus trabalhos.

Regina Vater, carioca cuja a última exposição no Rio foi no Museu de Arte Moderna em 1975. Regina que começou sua carreira no Rio em 1960 e já em 1967 participava da Bienal dos Jovens em Paris com Oiticica, Guerchmann, Anna Bela, Avatar, nos últimos vinte anos mostrou intensamente em Museus e galerias nos Estados Unidos, Europa e São Paulo. Participou nas Bienais de Veneza em 1976, Primeira Trienal do Texas em 1989 e em algumas Bienais de São Paulo. Entre vários outros prêmios destaca-se o prêmio da Fundação Guggenheim em 1980. Recentemente participou da grande exposição "America, a Noiva do Sol" no Museu Real de Belas Artes - Antuerpia, Bélgica. Possui uma carreira intencíssima de conferencista nos Estados Unidos e leciona Estética e Teoria do Video para produtores da Austin Access Cable Television no Texas.

Regina apresenta sua instalação "Ninho de Cobra" recentemente registrada no livro "Mixed Blessings" da famosa crítica de arte americana Lucy Lippard. "Ninho de Cobra" é em forma de infinito diretamente ligado as antigas preocupações da artista com a dimensão tempo. A cobra em muitas culturas simboliza não só o renovar da natureza, a ressureição, a sabedoria, a criatividade, a fertilidade mas como também a cura. A instalação se utiliza de cópias de imagens de cobras representadas em mitologias encontráveis nos mais diversos rincões da Terra e que simbolizam estas qualidades. Esta obra de cunho metafísico, antropológico e pedagógico é também possuidora de conotações de caráter ecológico. Também serão expostas na mesma data e local fotos em cor e p & b da série "Nature Morte" que participou da exposição "transcontinental" organizada por Guy Brett na Inglaterra em 1989. Estas fotos inspiradas na natureza morta flamenca do século dezesseis que aludiam à fartura da natureza nutrindo a espécie humana, fazem referências tanto de cunho poético quanto filosófico, através de metáforas e jogos de palavras à destruição ecológica instaurada no mundo após o advento da revolução industrial.

Obra de Bill Lundberg

Bill Lundberg - Artista americano cuja carreira começou em Londres no início dos setenta, ex-artista da famosa Galeria John Gibson de Nova York, pioneiro das instalações com filme também portador de uma bolsa da Guggenheim (1981), duas bolsas do National Endownment como também vários outros prêmios. Bill é responsável por uma importante carreira internacional que inclui obras no Museu Guggenheim, exposições individuais no Whitney Museum, Carnegie Museum of Art, Espaço Lyonnais de Arte Contemporânea - Franca. Hoje Bill se encontra no Brasil como artista em residência com um Fullbright Fellowship junto ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo onde administra um curso de "Transmídia", cadeira que ele mesmo criou para o Departamento de Arte da Universidade do Texas onde ele é professor.

Além de apresentar uma série de desenhos que são projetos para instalações dos quais fazem parte os cincos desenhos que estão na coleção permanente do Museu Guggenheim em Nova York, Bill mostrará duas instalações com vídeo especialmente criadas para a duplicidade e simetria dos espaços existentes no térreo e no segundo andar do Solar Grandjean de Montigny. "Primeiro movimento" e "Segundo movimento" são peças sonoras e quinéticas inspiradas pela sua visita ao Brasil e pela capacidade de cantar que ainda existe e resiste no seio do povo brasileiro. Mas o trabalho cujas leituras se complementam num misto de poética e ironia, com ganchos em preocupações sociais e metafísicas, estabelece uma dialética entre os polos do materialismo e da transcendência onde se debate toda a cultura ocidental. No dizer do artista: "No mundo atual muitas pessoas se voltam tão intensamente a uma experiência materialista do viver que simplesmente se esquecem do mistério que envolve a existência da própria vida".

Paralelamente a exposição os dois artistas estarão no Museu Nacional de Belas Artes proferindo duas palestras sobre os seus trabalhos no dia 29 de outubro na sala Aloisio Magalhães.


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Catálogo da exposição "Instalações e Vídeos" Catálogo da exposição "Instalações e Vídeos" Catálogo da exposição "Instalações e Vídeos" Catálogo da exposição "Instalações e Vídeos"

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