Alexandre Dacosta apresenta placas de alumínio com interferências de diversos materiais - borracha, silicone, massa de calafetar, sabão - sugerindo texturas diferentes ao olhar despreparado.

"Esta nova série dos ADJETOS, iniciada por Dacosta em 1987, lembra fragmentos de máquinas, trânsito no recorte da esquina na memória do passante, numa pós-pop-art minimalista de terceiro mundo onde "na dor se confirma a forma". Uma gramática do drama, uma comédia da matemática esses ADJETOS feitos de música, língua abstrata da poesia".

- Miriam Ash.

 

Pedro Paulo Domingues mostra objetos feitos de fios de cabelo, vidro e metal dourado como alusão à figura feminina.

"Reproduzindo ao infinito a Vênus expande sua imagem com leveza e graça nas transparências sutis de seu âmago secreto.

Pedro Paulo retoma assim as esculturas orgânicas com força e poesia. A mulher na ótica do artista, poderosa e frágil está ainda mergulhada nas raízes ancestrais de submissão sem total escape. Mesmo dominante está amarrada à renovação, aprisionada pelo desejo".

- Esther Emilio Carlos.

 

Dando vazão a visões oníricas, Pedro Drummond cria uma instalação com elementos que combinados entre si, provocam um ambiente carregado de lirismo. Os balões flutuando sobre roseiras sugerem que a ilusão é multipla e passageira.

"Em teu crespo Jardim, anêmonas castanhas
detêm a mão anciosa: Devagar.
Cada pétala ou sépala seja lentamente
Acariciada, céu; e a vista pouse,
Beijo abstrato, antes do beijo ritual,
Na flora pubescente, amor; tudo é sagrado."

Carlos Drummond de Andrade.

 

Marcelo Lago com os seus discos de ferro conjugam a cor e a ação do tempo através da ferrugem, criando uma dinâmica sutil que transcende a efemeridade do olhar.

 

 

 

 

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