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Exposição

"Andrea Antonon e Carla Sigaud"

Convite da exposição

Curadoria Piedade Epstein Grinberg

Abertura:
30 de setembro de 2004 às 19h (quinta-feira)

Período:
1º a 22de outubro de 2004

Horário:
Segunda a sexta-feira de 10h às 17:30h

Solar Grandjean de Montigny
Museu Universitário
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea | RJ
Telefone: 21 3527-1435
Tel/fax: 21 3527-1434
e-mail: solargm@puc-rio.br
www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar

Entrada Franca

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Convite da exposição "Andrea Antonon e Carla Sigaud"Clique na imagem para ampliar

Duas individuais simultâneas, Andrea Antonon e Carla Sigaud com inauguração dia 30 de setembro às 19h, no Solar Grandjean de Montigny - Centro Cultural da PUC-Rio.


Carla Sigaud

Quando o artista ousa através das inúmeras possibilidades do fazer artístico, o espectador se defronta com uma das mais simples questões da arte contemporânea: a facilidade com que o artista circula pelas mais diferentes expressões, nos seus momentos de criação.

Carla Sigaud apresenta, nesta exposição, trabalhos que nos relatam essas possibilidades e sua necessidade de contrapor suas obras, saindo da rigidez das linhas retas para a fluidez das curvas.

Os trabalhos geométricos de Carla Sigaud surpreendem pelo rigor do ritmo cadenciado dos tons azuis, dos púrpuras e dos ocres e terras. Suas telas em grandes formatos são sonoras pelas cores, contrastando com a rigidez da geometria e da simetria que caracterizam um sistema construtivo pré-estabelecido. Mesmo relembrando a arquitetura das grandes metrópoles, como vôos aéreos, a permanência da linha reta e dos ângulos revela um equilíbrio de proporções, porém distanciando-se da frieza desumana. É através das cores fortes e seus tons, possível perceber o sensível e o contemplativo nos espaços livres, numa realidade abstrata.

Sem renegar sua origem geométrica, mas interessada pelas linhas curvas e orgânicas, Carla apresenta uma série de desenhos em nanquim que a aproximam da natureza e onde a necessidade de arredondar as formas, envolver-se com a flora e a fauna estilizada, retomar o pequeno formato, a delicadeza dos detalhes, a intimidade do desenhar, revelam uma artista plural que procura, através das inúmeras possibilidades contemporâneas, a beleza estética.

Piedade Epstein Grinberg
Setembro de 2004


Andréa Antonon

A arte contemporânea propicia o artista a usar várias técnicas e materiais para sua expressão máxima - a obra. É o caso de Andréa Antonon. Nesta exposição ela apresenta dois momentos específicos e distintos de seu trabalho que se integram e se distanciam mas onde podemos verificar a delicadeza da manipulação de materiais diversos e a maestria dos resultados.

Quando trabalha com papéis,Andréa brinca de corte/recorte, acrescenta, coloca, impõe materiais sobre papéis artesanais, imprime sua marca fazendo uma leitura única do "acaso controlado" . Seus trabalhos em pequeno formato nos parecem um jogo onde as peças - pedras, rádicas,cristais, madeiras - estão dispostas sobre um "tabuleiro" natural e nos induzem,apenas com o olhar, a transformar e ordenar essas peças,segundo nossa intuição. São trabalhos ilustrativos de uma necessidade quase ecológica da permanência de objetos da natureza no universo da arte.

Nos outros trabalhos, Andréa explora as possibilidades do branco da tela, ao mesmo tempo em que nos induz aos devaneios, desperta nossa sensibilidade para a proeza que as texturas especiais e o acréscimo de outros materiais imprimem nas pinturas. O jogo dessas texturas formando tons de branco propicia, através da luz indireta, volumes pictóricos e sombras, aumentando a tensão do contraste do branco x sombra e revelando ao espectador suas mais profundas sensações e inquietudes.

As várias possibilidades desses trabalhos únicos ou múltiplos, isolados ou juntos, rítmicos ou não, estimula a natureza sem objetos,a pureza suprema e o silêncio.É o momento da introspecção e do isolamento estético.

São obras que discutem e revelam uma natureza viva e uma natureza recriada na pureza do abstrato.

Piedade Epstein Grinberg
Setembro 2004.

Entrada franca


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