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Exposição
"Bachianas: Escalas Cromáticas no Espaço - John Nicholson"

Abertura:
14 de outubro, terça-feira, às 18 horas
Período:
16 de outubro a 14 de novembro de 2003
Horário:
2ª a 6ª de 10h às 17:30h

Solar Grandjean de Montigny
Museu Universitário
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea | RJ
Telefone: 21 3527-1435
Tel/fax: 21 3527-1434
e-mail: solargm@puc-rio.br
www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar

Entrada Franca

Convite da exposição "Bachianas: Escalas Cromáticas no Espaço"
Convite da exposição "Bachianas: Escalas Cromáticas no Espaço"

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BACHIANAS: ESCALAS CROMÁTICAS NO ESPAÇO

John Nicholson mostra seus desenhos
no Solar Grandjean de Montigny da PUC-Rio

            Uma das maiores expressões da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o norte-americano John Nicholson, com formação na Universidade de Houston e uma sólida carreira no Brasil e no exterior, está de volta às galerias. No próximo dia 14 de outubro, às 18 horas, ele abre a exposição "Bachianas: Escalas Cromáticas no Espaço", no Solar Grandjean de Montigny - Centro Cultural da PUC-Rio, na Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea.

            A mostra é constituída por 35 desenhos em guache e acrílica sobre papel "Fabriano", de uma série de 60 trabalhos realizados entre julho de 2002 e agosto de 2003. O público poderá apreciar também um dos sete quadros monumentais que deram origem à série. É o tríptico "Le Peintre et son Modèle", com 200cm x 350cm, inspirado em uma obra de Picasso, por quem John Nicholson sempre nutriu uma admiração especial.
A realização desta exposição em um espaço como a PUC é proposital: "como o Solar é uma galeria universitária, tenho a preocupação de montar o processo pictórico e a evolução de sua elaboração para explicitar, da forma mais clara possível, aos alunos e demais espectadores, a metodologia do meu procedimento como artista", enfatiza John Nicholson.

            Da informalidade do abstrato, os espaços se tornaram mais concretos, projetivos - Há 26 anos, quando John deixou Austin, no Texas, e chegou ao Brasil, logo conheceu aqueles que se tornariam amigos próximos e grandes referências, como Luiz Áquila e Cláudio Kuperman, abstracionistas informais, além de Raimundo Collares e Gastão Manuel Enrique, inclinando-se mais para o concretismo. Durante todo este período, o artista realizou inúmeras individuais e coletivas, tanto no Rio, como em São Paulo. Participou dos mais representativos salões de artes plásticas e tornou-se uma referência no circuito do Parque Lage. Seu trabalho foi mostrado também na China e em vários países europeus. Estudou a pintura da Pérsia, os motivos decorativos africanos e islâmicos e os ritmos assiméticos presentes nos detalhes do barroco brasileiro. Enfim, universalizou-se.
E se, anteriormente, John Nicholson considerava sua obra mais abstrata e informal, com freqüentes projeções de espaços para trás do plano pictórico, como se as coisas fossem vistas através de uma janela, atualmente, estes mesmos espaços tornam-se mais concretos e projetivos, avançando para fora do quadro, sem serem, obviamente, relevos ou esculturas.

            A monumentalidade e seu impacto na visão humana - Neste segundo semestre, John está com a agenda repleta. Além da mostra na PUC, ele realiza mais duas outras exposições. Desde 15 de setembro, participa de uma coletiva no Espaço Cultural dos Correios com dois quadros monumentais - um deles, inédito. E, em 11 de outubro, inaugura uma individual no SESC Petrópolis.

            "Bachianas: Escalas Cromáticas no Espaço" é o reflexo de uma consistente produção do artista entre agosto de 2001 e março de 2002. A origem dos desenhos que serão mostrados no Solar é um conjunto de sete quadros monumentais, dos quais quatro fizeram parte de uma individual no Museu Nacional de Belas Artes, nos meses de abril e maio do ano passado. É o próprio Johm quem observa: "eu pretendia mostrar como a pesquisa do equilíbrio dinâmico de elementos formais na pintura nos dá soluções formais para abordar a questão da monumentalidade e seu impacto na vida humana". Ele vai mais além: "o processo dos desenhos é o inverso, ou seja, escolhi detalhes dos quadros gigantes para recriá-los ou desenvolvê-los em uma série de dimensões reduzidas. Os resultados são composições geométricas, tendo espaços e ritmos projetivos na direção do espectador e cores cromáticas e metálicas".

            Uma curiosidade: o tríptico incluído na exposição tem uma história. Quando John terminou de pintar o quadro, sentiu que a composição lhe era familiar. Inicialmente, pensou em "Mulheres no Rio" (Femmes à la Rivière), de Matisse. Depois, encontrou a resposta: era o quadro "Le Peintre et son Modèle", pintado por Picasso, em 1928. E a obra do artista espanhol que ele tão bem conhece acabou lhe serviu de modelo, mesmo inconscientemente.



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