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Iniciação Científica e Tecnológica

A pesquisa que chega de mansinho e transforma jornadas

Data de publicação: 17/10/2025
Texto: Renata Ratton
Assessora de Comunicação Institucional da PUC-Rio

Foto: Pablo Campos, Comunicar/PUC-Rio Foto: Pablo Campos, Comunicar/PUC-Rio

É quase unanimidade. Estudantes que vivenciaram a experiência da iniciação científica — um mergulho na pesquisa ainda durante a graduação — afirmam, sem sombra de dúvidas, que ela prepara para os desafios da vida acadêmica e para a dinâmica do mercado de trabalho. Na PUC-Rio, essa foi a tônica do XXXIII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, que, entre 29 de setembro e 3 de outubro, reuniu quase 400 inscritos em uma intensa semana de trocas e apresentações, destacando a riqueza e a diversidade dos projetos desenvolvidos nas diferentes áreas do conhecimento.

— A IC é uma primeira experiência de pesquisa para os alunos, pois participam diretamente da produção de conhecimento na Universidade. Poucos países contam com uma bolsa de pesquisa para os alunos de graduação. Essa é uma experiência importante, que permite que os alunos se insiram nas dinâmicas dos grupos de pesquisas e possam trabalhar em um laboratório ou realizar entrevistas — explica o Coordenador do Programa Institucional de Iniciação Científica do CNPq (PIBIC) na PUC-Rio, professor Rafael Soares Gonçalves, que também coordena o PIBITI - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) na instituição. 

Foto do evento
Foto: Pablo Campos, Comunicar/PUC-Rio

O evento celebrou a dedicação dos estudantes, reconhecendo os melhores projetos com menções honrosas e prêmios de destaque. Segundo o coordenador, o sucesso do ciclo de 2025 foi evidente nos números: o Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC) registrou 325 solicitações de bolsas, das quais 317 foram qualificadas; e o Programa de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) recebeu 58 solicitações, todas qualificadas. 

— Esses resultados reafirmam o compromisso da PUC-Rio com a formação científica e tecnológica de seus alunos. A experiência de IC traz um diferencial importante aos alunos de graduação. De um lado, a responsabilidade de uma experiência profissional: participar de reuniões de trabalho, organizar relatórios, apresentar o trabalho em seminários. Por outro lado, é um enorme diferencial em termos propriamente acadêmicos. Muitos dos alunos de IC se encantam pela pesquisa e se aventuram em um mestrado e doutorado. Além da maior carga teórica, os alunos adquirem um conhecimento prático de pesquisa — afirma o coordenador.

Foto do evento
Foto: Pablo Campos, Comunicar/PUC-Rio

A experiência transformadora da iniciação científica é sentida de forma única por cada estudante. Luana Fuchs Pincano, agora formada pelo Departamento de Artes e Design, recebeu o prêmio de destaque Iniciação Científica com o projeto “Design para o Cuidado”, que deu voz às mães de crianças neurodivergentes: 

— Participar do projeto de iniciação científica foi uma experiência muito significativa para mim. Como irmã de uma criança atípica, acompanho, de perto, as dificuldades e a exclusão que, infelizmente, ainda fazem parte da nossa sociedade. Poder trazer à tona não apenas esse tema, mas também os projetos desenvolvidos por mães e responsáveis, faz com que eu me sinta contribuindo, de alguma forma, para a construção de uma sociedade mais inclusiva — ressalta. Para Luana, receber o prêmio de destaque coroou esse esforço, representando o reconhecimento de uma causa que merece cada vez mais visibilidade. 

— Traz esperança de que mais pessoas passem a enxergar o problema e a se engajar nessa transformação. Ser aluna de iniciação científica me mostrou a força e a importância da pesquisa e como o estudo pode ser uma ferramenta poderosa para dar voz a temas que realmente importam —completa.

Para Paulo Henrique Orenbuch, aluno de Engenharia de Controle e Automação e prêmio destaque PIBITI, a iniciação científica foi uma oportunidade de aplicar o conhecimento na prática. Seu projeto, sobre o controle de frenagem em veículos elétricos, foi um desafio que o impulsionou: 

— O projeto de IC teve um papel fundamental no meu aprendizado das áreas de mecânica, elétrica e computação. Além disso, foi extremamente importante para eu desenvolver minha capacidade de resolução de problemas, visto que, durante o caminho, vários obstáculos foram encontrados —relata, observando que ganhar o prêmio foi muito emocionante por ter sido selecionado entre tantos projetos disponíveis na faculdade, uma “sensação de missão cumprida e trabalho bem-feito”. Paulo Henrique aconselha outros estudantes a abraçarem a oportunidade. 

— A IC é muito importante para os alunos desenvolverem as habilidades acadêmicas e, muitas vezes, colocarem em prática o que é aprendido dentro de sala de aula. Eu diria para os alunos não deixarem passar esse tipo de oportunidade, pois faz uma diferença enorme no currículo, na construção pessoal e principalmente auxilia aqueles que pretendem seguir o meio acadêmico — conclui.

Já Lucas Peçanha Muniz, que acaba de se formar em Comunicação Social e foi destaque no PIBIC, viu na IC a confirmação de sua paixão pela área acadêmica. Seu projeto, “Agora você é uma de nós: experiências de mulheres nos bastidores do audiovisual”, analisou entrevistas com mulheres que romperam barreiras no mercado audiovisual. Após anos atuando como voluntário e bolsista CNPq, ele vê o prêmio como um marco. 

— Acredito que o PIBIC foi uma experiência essencial na minha jornada da graduação. Foi importante para entender um pouco mais sobre a área acadêmica e que tenho vontade de seguir isso — diz. Ele ressalta que a IC vai além da pesquisa formal e declara:

 — Ainda que a pessoa não tenha vontade de seguir a área acadêmica, a Universidade oferece uma série de projetos que permitem refletir sobre diversos aspectos de mercado, de fazer artístico, de história do cinema. Nesse projeto, por exemplo, aprendi muito sobre o funcionamento do mercado audiovisual — finaliza, reforçando que a experiência o prepara para conciliar mercado e academia, com a pesquisa como prioridade.

Foto do evento
Foto: Pablo Campos, Comunicar/PUC-Rio

O seminário de 2025 contou com um formato diferenciado, com apresentações de segunda a quinta, deixando a sexta-feira somente para a cerimônia final. De acordo com o coordenador, o formato foi um sucesso. 

— Acredito que a coordenação PIBIC deva conciliar os esforços de todos, respeitando e valorizando as particularidades de cada área. Procuramos, nesse ano, dar mais elementos para a escolha dos trabalhos premiados, solicitando e disponibilizando pareceres dos avaliadores externos. Temos novas ideias para o próximo ano. Para nós, o mais importante agora é contar com uma maior adesão dos departamentos às sessões de apresentação de trabalhos. Além de estimularmos a presença dos alunos, através de certificados de atividades complementares, faremos um esforço para convocar os departamentos a integrarem a semana PIBIC nos seus próprios calendários de atividades — pontua Rafael. 

Foto do evento
Foto: Pablo Campos, Comunicar/PUC-Rio

A PUC-Rio entende que a experiência dos alunos demonstra o impacto duradouro que a iniciação científica tem em suas trajetórias. E como sinaliza o coordenador do PIBIC e do PIBITI, Rafael Gonçalves, o objetivo da Universidade é continuar fortalecendo o programa e inspirando mais estudantes a explorar as inúmeras possibilidades que a pesquisa pode abrir.





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