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Excelência e inovação na pesquisa em robótica e na indústria

Dissertação de ex-aluno de graduação e mestrado da PUC-Rio, hoje engenheiro da deep tech Ouronova, conquista Prêmio Nacional CTDR 2025

Data de publicação: 29/10/2025
Texto: Renata Ratton
Assessora de Comunicação Institucional da PUC-Rio

Já foi o tempo em que cursar pós-graduação stricto sensu era somente para aqueles que desejavam seguir a carreira docente e de pesquisa. Hoje, além de integrarem uma instituição de excelência – auferindo todos os benefícios próprios de um ambiente acadêmico e laboratorial de alto nível –, os estudantes de mestrado e doutorado conquistam posições de destaque no mercado. 

Foto do evento

É o caso do ex-aluno de mestrado da Engenharia Mecânica da PUC-Rio Paulo Teixeira Vale de Carvalho, cujo trabalho “Detection and Analysis of Slip in Quadruped Robots”, orientado pelo professor Marco Antonio Meggiolaro, foi eleito a Melhor Dissertação de Mestrado do Brasil no Concurso de Teses e Dissertações em Robótica (CTDR) 2025. Promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e organizado no âmbito do Brazilian Symposium on Robotics (SBR), o CTDR reúne a comunidade acadêmica nacional de Robótica. A cerimônia de premiação foi realizada em Vitória (ES), como parte da Competição Brasileira de Robótica PETROBRAS (CBR) do Robótica 2025, o maior evento de Robótica e Inteligência Artificial da América Latina.

O trabalho aprofunda métodos de detecção e estimativa da direção de escorregamento em robôs quadrúpedes, elevando a segurança e a eficiência em inspeções em ambientes perigosos ou escorregadios — como plataformas de petróleo e plantas petroquímicas — e teve resultados publicados em eventos relevantes da área, como LARS 2024 e CROS 2025. Importante lembrar que ambientes inóspitos, perigosos ou inviáveis para humanos frequentemente requerem robôs com pernas – que sofrem com problemas de estabilidade em pisos escorregadios. A pesquisa traz novidade, do ponto de vista sensorial, e grande potencial de aplicação.

Agora, como engenheiro da Ouronova, uma deep tech voltada ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a indústria de óleo e gás, Paulo tem a possibilidade de aplicar todo o conhecimento adquirido na Universidade em benefício do avanço do país. Em entrevista à Assessoria de Comunicação Institucional da PUC-Rio, o ex-aluno falou de sua pesquisa e conquistas, da importância da Universidade para a sua carreira, e deu conselhos para as futuras gerações. 

Assessoria de Comunicação Institucional - Qual foi a motivação para o trabalho premiado? Foi no mesmo tema do TCC? Qual solução transformadora foi desenvolvida e qual o seu potencial de impacto imediato na indústria ou na sociedade?

Paulo Carvalho - A principal motivação foi expandir as capacidades de robôs quadrúpedes, analisando o risco e a dinâmica de deslizamento. O meu TCC baseou-se na adaptação de um projeto open source de robô quadrúpede, que serviu de base para adquirir conhecimento fundamental sobre esse tipo de robô móvel e seus problemas abertos. A comparação entre métodos de detecção de deslizamento, junto com a observação da correlação entre o ângulo e a intensidade do deslizamento, tem o potencial de aprimorar e tornar mais segura a aplicação de robôs quadrúpedes em ambientes extremos e em interação com humanos.

Ascom Inst. - De que forma a diversidade de caminhos oferecida pela PUC-Rio – desde o TCC até o mestrado – moldou sua capacidade de realizar um projeto de tamanha excelência?

PC - Através do Laboratório de Robótica da PUC-Rio (LabRob), coordenado pelo meu orientador, o professor Marco Antonio Meggiolaro, estive em contato com pesquisadores de excelência que me ajudaram na jornada do TCC e do mestrado. Entre eles, destaca-se a minha coorientadora, Vivian Suzano Medeiros, ex-aluna e atualmente colaboradora do LabRob, além de uma grande referência na área de robótica com pernas. As disciplinas de robótica oferecidas pelos departamentos de engenharia mecânica e elétrica, junto com o apoio em viagens a congressos, também foram fundamentais para minha formação.

Foto divulgação Foto: Divulgação

Ascom Inst. - O que significa, para você e para a sua área, receber este prêmio? Como esse reconhecimento amplifica as possibilidades de aplicação e desenvolvimento da sua pesquisa?

PC - É uma grande emoção receber esse prêmio, pois representa o reconhecimento do trabalho que realizei e da minha contribuição. Na área de robótica, esse é um prêmio de prestígio no Brasil, valorizado por todos que atuam nela. Além disso, amplia a representatividade da PUC-Rio e do LabRob, que já teve outros integrantes no pódio, incluindo minha coorientadora Vivian, vencedora na categoria doutorado. O prêmio valida a importância do meu trabalho e serve como um forte motivador para sua continuidade e para atrair pessoas interessadas em contribuir.

Ascom Inst. - Como a base de conhecimento e as habilidades adquiridas na PUC-Rio abriram as portas para empresas como a Ouronova e influenciaram sua atuação profissional hoje?

PC - Ao longo da graduação, além da qualidade das aulas de diversos professores, fui membro da equipe de competição RioBotz e monitor de Introdução à Engenharia. Nessas experiências, com destaque para a RioBotz, desenvolvi habilidades como modelagem 3D de peças, aplicação prática de conceitos de engenharia, gestão de responsabilidades e colaboração em equipe em um contexto semelhante ao profissional. Essas vivências me direcionaram à área de robótica e me ensinaram a buscar desafios, cultivando uma mentalidade voltada à identificação, análise e resolução de problemas. Daniel Freitas, ex-aluno da PUC-Rio e que ajudou a criar o LabRob, também orientado pelo professor Meggiolaro e veterano da RioBotz, já havia presenciado demonstrações dessas minhas habilidades e me integrou à equipe TankBotics da Ouronova, focada no desenvolvimento de soluções robóticas para o setor offshore. Atualmente, continuo me aprofundando na robótica por meio de simuladores e gêmeos digitais.

Ascom Inst. - Que conselho você daria para os atuais estudantes da PUC-Rio que buscam trilhar um caminho de pesquisa com potencial de transformação e impacto como o seu? 

PC – Aproveitem toda oportunidade que surgir na Universidade para aprenderem algo novo. Não se limitem ao básico em Iniciação Científica, Trabalho de Conclusão de Curso ou nas atividades de equipes estudantis. Se houver alguma ferramenta nova para aprenderem, aprendam. Se algum colega de laboratório estiver desenvolvendo um projeto diferente, aprendam com ele e o ajudem. Se houver um tema que desperte seu interesse, inclua-o em alguma atividade. Todos esses ambientes são oportunidades de aprendizado, e nunca se perde ao aprender algo novo.

Ascom Inst. - Se pudesse resumir o legado da sua formação na PUC-Rio em uma única palavra, que represente o impacto e as possibilidades que se abriram, qual seria e por quê? 

PC - Continuidade. Tudo o que aprendi e desenvolvi eu consigo aplicar no meu dia a dia, além de continuar aprofundando essas habilidades que me acompanharão ao longo da carreira. Além disso, ao dar continuidade ao esforço e à dedicação dos colegas, criei laços que me fortalecem no meio profissional e pude deixar minha marca.

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