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Desafios da pós-graduação

PUC-Rio recebe presidente da CAPES

Data de publicação: 03/09/2024
Texto: Renata Ratton
Assessoria de Comunicação da Reitoria
Foto da Formanda de Economia

No último dia 23, a presidente da CAPES, professora Denise Carvalho, esteve na PUC-Rio para falar sobre os desafios da pós-graduação brasileira. A palestra, que lotou o auditório do Rio Datacentro, trouxe história, panorama atual e perspectivas para pesquisa no Brasil. 

O Reitor, Pe. Anderson Pedroso S.J., abriu o encontro agradecendo a vinda da presidente da CAPES e reforçando a complementaridade das ações da Universidade em relação às iniciativas governamentais, por meio da oferta de bolsas próprias, que vão da iniciação científica ao doutorado, além se bolsas de ação afirmativa e social. Destacou ainda a importância da autonomia universitária.

– A presença da professora Denise reafirma o nosso credo como universidade. Primeiro, porque nós cremos na educação, e percebê-la significa também nos reafirmarmos junto ao governo e assumirmos o nosso lugar enquanto educadores. Segundo, porque nós cremos na universidade, mas uma universidade que prima pela sua autonomia; não só cremos como defendemos a autonomia universitária e a liberdade de cátedra neste ethos comunitário católico, um ethos confessional aberto, de serviço à igreja e à sociedade. Cremos ainda em uma universidade que está em diálogo com a sociedade, que tem impacto real na sociedade. Quero reafirmar a importância da pesquisa da PUC-Rio, seu carro forte. Nós temos uma relação muito importante e de sintonia com o governo, e acreditamos na democracia com uma preocupação muito clara quanto à agenda social – sublinhou o Reitor. Padre Anderson concluiu sua fala transmitindo à presidente o desejo e a intenção da PUC-Rio de colaborar e estar alinhada com a agência.

A Vice-Reitora Acadêmica, de Ensino e Pesquisa, professora Marley Vellasco, reiterou as palavras do Reitor:

– A PUC é reconhecida pela excelência e estamos muito felizes em receber a professora Denise. O auditório lotado, assim como as pessoas que estão assistindo remotamente, demonstra que queremos continuar com o pioneirismo nos programas de pós-graduação. Temos cursos celebrando 60 anos e agradecemos a disponibilidade da presidente da CAPES em nos apresentar os desafios da pós-graduação, matéria de interesse de professores e alunos.

O Coordenador Central de Pós-Graduação e Pesquisa, Prof. Marco Cremona, fez um resumo do currículo da professora Denise Carvalho, que deu início à sua exposição tecendo um histórico sobre a pesquisa no País.

– Para os jovens terem uma ideia de como o sistema brasileiro é novo, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) só foi criado em 1985. A CAPES foi criada há 73 anos, assim como o CNPq, em um movimento tardio de desenvolvimento da ciência brasileira. As primeiras universidades do Brasil surgiram apenas no início do século XX. O Brasil foi o último país da América Latina a implementar universidades, e ainda temos visto questionamentos sobre a importância das instituições de ensino superior. Não há exemplo, no mundo, de país que tenha se desenvolvido sem educação. A educação superior e a pesquisa é que levam ao desenvolvimento – pontuou a presidente da Capes. Denise sublinhou que, no Brasil, há uma relação muito grande entre a produção de conhecimento e a presença dos programas de pós-graduação.

– Não é coincidência que os estados e cidades mais desenvolvidos, com os melhores IDHs sejam aqueles que têm universidades com pós-graduação – declarou.

Segundo a professora, hoje há programas de pós-graduação em todos os estados da federação, mas de forma assimétrica. Por questões históricas, a maior concentração se dá em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, já que foram os primeiros a implantar universidades.

– Houve uma considerável expansão, por exemplo, nas regiões Norte e Nordeste. Estamos, sem dúvida, reduzindo as desigualdades – pontuou, observando, entretanto, a necessidade de expandir o número de mestres e doutores de uma forma geral, além de investir na internacionalização dos programas, considerando, inclusive, que a ciência brasileira ainda é muito pouco citada.

– Para incrementar o número de pós-graduandos, em breve deveremos lançar programas (que já existem em muitas universidades) de integração entre a graduação e a pós-graduação institucional e entre a especialização e a pós-graduação institucional. O que a CAPES vai fazer é, na verdade, regulamentar, através de portaria, dizendo para todo o Brasil que é possível dependendo do que as universidades decidirem. Mais do que isso, do que cada PPG decidir. Como disse muito bem o Reitor, o mais importante é a autonomia universitária e as universidades saberão o caminho que seguirão para ajudar o Brasil a se desenvolver.

A presidente da CAPES sinalizou ainda que mais importantes do que a expansão são a análise dos cursos propostos e a permanência dos cursos criados, por meio do processo de avaliação. Sobre isso, comentou que os programas considerados referências no País, com notas consecutivas 6 ou 7, merecem um olhar especial por parte da agência. “São cursos de excelência”.

Denise Carvalho também reconheceu a luta pelo financiamento da pesquisa e pela valorização dos profissionais especializados.

– Todos os programas institucionais no país concedem muitas bolsas, os programas estratégicos também, e há bolsas de outros sítios internacionais. O que acontece é que essas bolsas estavam há 10 anos sem reajuste. O reajuste efetuado no presente governo espera atrair mais estudantes, mas não basta. Sabemos que será preciso reajustar de novo e oferecer mais bolsas. A maior parte dos alunos está sem bolsas no Brasil. Ou tem bolsas de outra fonte. Essa é a verdade e isso é histórico. Sobre o pós-doutorado, a pesquisadora anunciou que, em setembro, o Programa Nacional de Pós-doutorado será retomado.

Em seguida à apresentação, a presidente da CAPES esclareceu dúvidas dos presentes.

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