Segundo pesquisa realizada com 403 entrevistados de 16 a 23 anos pelo Laboratório Unicarioca de Pesquisas Aplicadas,
a pedido da Megazine e publicada no jornal O Globo, em 12/7/2005, "boa parte dos jovens (...) não parece levar ética
a sério nos assuntos do dia-a-dia."
Dos jovens entrevistados, "34% admitem ter tirado dinheiro da carteira de pais, parentes ou amigos sem avisar, 8,92%
nunca fizeram isso, mas não acham nada demais, e outros 22% nunca cometeram esse delito, mas conhecem
pessoas que já o fizeram (...) 38% das pessoas ouvidas falsificaram a assinatura dos pais em algum documento
ou correspondência da escola (...) e 21% já usaram a internet para difamar alguém."
Na opinião da psicóloga Teresa Creusa Negreiro, "Ao menos metade das pessoas que responderam que nunca agiram
de tal maneira, mas conhecem gente que já, na verdade, fez aquilo ou está disposta a fazer."
De acordo com uma pesquisa do Pró–Saber (21/5/2001 a 8/6/2001), realizada a partir de entrevistas com 1002 alunos
de escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro, da 7ª série do fundamental à 3ª série do Ensino Médio, pode-se
chegar "à visão de um adolescente que não trabalha (90,3%), que navega na internet se for da escola particular
(50,5%), que tem amigos (94,4%) e que valoriza neles principalmente a solidariedade, a sinceridade, a lealdade, a
cumplicidade, independentemente da classe social a que pertence."
Na fala da pesquisadora Rosiska Darcy de Oliveira, o adolescente "pousa na amizade como no mais sólido chão e faz
dela o terreno onde brota o melhor de si: lealdade na adversidade, atenção à felicidade do outro, incondicionalidade em
face de terceiros, franqueza na intimidade." |