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Exposição
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Exposição:
" Simplicissimus - 1896 a 1914 - Período Kaiser"

Período:
30 de junho a 18 de julho de 1987
Exposição:
Simplicissimus e a República de Weimer - 1918 a 1933
Período:
21 de julho a 8 de agosto de 1987
Instituto Cultural Brasil-Alemanha

Solar Grandjean de Montigny
Museu Universitário
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea | RJ
Telefone: 21 3527-1435
Tel/fax: 21 3527-1434
e-mail: solargm@puc-rio.br
www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar

Entrada Franca

 


         A exposição se divide em duas etapas traz uma seleção de 100 caricaturas políticas-satíricas do período "Kaiser" de 1896 a 1914 e "Weimar" de 1918 a 1933.

Exposição "Simplicissimus 1896 - 1914"

Exposição "Simplicissimus" - Caricatura

Exposição "Simplicissimus 1918 - 1933"

         No período "Kaiser" Munique era, no final do século XIX uma cidade alegre e cosmopolita, embora não possuísse o espírito que caracterizava os parisienses da "belle époque", pois a curiosidade, o gosto pelo experimento e a necessidade de exploração além dos limites não eram seu forte. Tinha porém uma despreocupação anárquica e um senso tradicional voltado para o cômico, o ridículo e o incomum fazendo com que seus cidadãos tolerassem os artistas "estrangeiros".

          Foi nesta mesma Munique que no dia 1º de abril de 1896 foi publicada pela primeira vez uma revista semanal com o curioso título de "Simplicissimus", com uma circulação de 480.000 cópias ao preço unitário de apenas 10 centavos. Embora vendesse somente 1.000 exemplares , o periódico era uma sensação. O objetivo da revista "Simplicissimus" era submeter o empreendimento sério e honesto nas artes e na literatura à uma crítica igualmente séria e honesta. A parte literária contou com nomes como Ludwig Thoma, os irmãos Heinrich e Thomas Mann, Rainer Maria Rilke e Hermann Hesse.

          A crítica era seu objetivo principal - mas a arte era essencial. As caricaturas de "simplicissimus" não são apenas piadas ilustradas, mas sim desenhos elaborados segundo uma nova concepção estética.

         Dizem que a caricatura vive do objeto que ataca e morre com ele. Isso não é verdade com relação ao "Simplicissimus". Os desenhos permanecem eloqüentes. São caricaturas fiéis, que não distorcem, mas esclarecem. Seus objetos são ridículos em si mesmos, não há necessidade de ridicularizá-los mais. Entre seus caricaturistas mais famosos, encontramos: Thomas Theodor Heine, Eduard Thöny, Bruno Paul, Rudolf Wilke, Wilhelm Schulz, Olaf Gulbransson, Ferndinand v.Rezniecek.

          A presença da Política Internacional tem mais destaque no Simplicissimus durante a época de Weimar do que nos dias do Império. Mais do que antes a guerra ela exerce ação direta sobre a vida cotidiana. Pedidos de indenização, conferências de desarmamento, a Liga das Nações Unidas, a União Soviética e os Estados Unidos da América, a crise econômica mundial - todos esses temas eram de interesse primordial, que eram debatidos pela família à hora da refeição, na rua, no escritório, no trabalho. O Simplicissimus não só consegue captar os problemas vitais, como lhes dar um destaque único através de suas inimitáveis caricaturas. Logo os inimigos internos da República são reconhecidos: os grandes proprietários de terras, tentando recuperar o prestígio que tiveram no Império, os industriais preocupados unicamente com o seu lucro, os juízes repressivos, o clero reacionário e os militares de sempre, em nada perderam seu antigo jeitão. Trocaram os monóculos e as polainas de couro por bombachas e bonés esportivos , não desmontam mais cavalos de raça, mas desembarcam de chiques cupês, frequentam agora os American Bars em lugar dos cassinos; eles ainda ostentam as velhas caretas, usando o mesmo tom impertinente, só que ligeiramente modernizado. As suas fileiras foram reforçadas pela pequena burguesia, impressionante em número, mas politicamente nada esclarecida, o tipo burguês de cabeça-bola e pescoço-presunto, o puritano de feições contraídas, o jovem malcriado e atrasado, de testa franzida fingindo concentração e, chefes de partido, preocupados em não deixar passar a oportunidade alguma de comprar brigas por argumentos comprovando bitolação aguda.



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