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Exposição
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Exposição:
"Casa da Flor - Uma casa de cacos transformada em flor
Gabriel Joaquim dos Santos"

Pesquisa:
Amélia Zaluar
Período:
04 a 22 de novembro de 1986

Solar Grandjean de Montigny
Museu Universitário
Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea | RJ
Telefone: 21 3527-1435
Tel/fax: 21 3527-1434
e-mail: solargm@puc-rio.br
www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar

Entrada Franca

Exposição "Casa da Flor"

 


             O Solar Grandjean de Montigny - Centro Cultural da PUC-Rio apresenta a exposição "Casa da Flor - uma casa de cacos transformada em flor" , trabalho da Professora e pesquisadora de Arte Popular Brasileira , Amélia Zaluar, sobre uma casa situada no município de São Pedro D'Aldeia, estado do Rio de Janeiro, toda "bordada, interna e externamente, com pedaços de coisas quebradas, com objetos usados e imprestáveis encontradas no lixo, com o refugo das construções locais. Seu autor, Gabriel Joaquim dos Santos, artista negro e pobre começou a construir em 1912, só para sí, uma casa pequenina e, a partir de um sonho tido em 1923, começou a criar para ela uma decoração luxuriante - flores, esculturas, mosaicos, colunas e "bordados" pregados à parede com cimento - formando um conjunto orgânico, sensual e barroco.
              Sem recursos para comprar o material necessário para executar o que tinha em mente, teve a idéia de utilizar para a produção de beleza aquilo que não servia para mais nada: cacos de pratos, de garrafas, de copos, de telhas e tijolos; conchas e pedras; lâmpadas queimadas; vasos, jarras e bibelôs quebrados; ralos de chão, correntes, faróis de carro e bicicleta, osso de animais. Como ele mesmo dizia, fez "uma casa do nada". Numa "bricolage" sem fim, trabalhou nela até morrer, em 1985.
              Essa obra, de um arquiteto e artista intuitivo, sem diploma, remete a obra, do célebre arquiteto catalão Antônio Gaudí: a mesma preferência pelos cacos, a mesma arquitetura visceral, o mesmo "nível de sofisticação" plástica.
             A exposição se compõe de cerca de 60 fotografias e de uma planta baixa, que documentam a Casa da Flor, depoimentos gravados do artista, os seus cadernos de apontamentos, assim como algumas publicações sobre arquitetura espontânea no mundo. Essa mostra é um dos eventos que fazem parte da III Quinzena da Feira de Cultura Afro-brasileira. A disposição do público, um documento dirigido à entidade competente, que visa conseguir, através de milhares de assinaturas, a efetiva preservação desse bem cultural do país, já, inicialmente tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.



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