O objetivo desta exposição é apresentar a arquitetura efêmera do início do século XIX no Rio de Janeiro a partir dos principais festejos da família real como eventos marcantes e cenário privilegiado, evidenciando o momento de transição da visão urbana barroco-colonial para uma representação neoclassicista que irá se afirmar no período imperial. A referência desejada pelos monarcas é a Paris neoclássica de Napoleão, e os principais autores destas arquiteturas de festasão os artistas que chegaram com a Missão Artística Francesa: o arquiteto Grandjean de Montigny, o pintor e desenhista Jean Baptiste Debret, o escultor Auguste Taunay assim como seus alunos, os irmãos Marc e Zépherin Ferrez e Manuel Araújo Porto Alegre.
Esses grandes cenários cariocas, fadados ao desaparecimento, pretendiam anunciar através da construção ilusória de um teatro formado pelos arcos romanos, templos gregos e obeliscos egípcios a chegada da tradicional civilização nos trópicos.
Essa pesquisa foi apresentada, em outro formato no Seminário Pré 200 anos realizado pelo PROARQ da FAU/UFRJ em dezembro de 2007, com organização do Prof. Luiz Manoel Gazzaneo a quem somos gratas pela colaboração.
Agradecemos ao Prof. Augusto Sampaio, Vice-Reitor para Assuntos Comunitários, Prof. Luiz Cesar M. Tardin, coordenador do CCESP, Suzana Kerber, Helena Ferrez, Mônica Carneiro, Arq. Luiz Fernando Franco, Prof. Dr.Flávio Limoncic, Dr. Cornelia Reiter, Alberto Cohen e toda a equipe do Solar Grandjean de Montigny, Centro Cultural PUC-Rio.
Esta exposição integra a XII Mostra PUC-Rio e a participação desta Universidade nos festejos comemorativos dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil.
Maria Pace Chiavari e Piedade Epstein Grinberg, curadoria
Catálogo da exposição (clique nas imagens para ampliar):