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O Rio de Janeiro terá o privilégio de admirar no Solar Grandjean de Montigny, a partir de 21 de outubro, importante coleção de desenhos de Di Cavalcanti sobre temas da vida carioca. Esta exposição integra as comemorações dos 60 anos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e 20 anos do Solar, como centro cultural da Universidade. A diretora do Solar, professora Piedade Epstein Grinberg em parceria com o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo vai proporcionar aos cariocas a chance de conhecer e rever significativas obras de Emiliano Di Cavalcanti. Entre os desenhos, podemos destacar o Projeto do Foyer do Teatro João Caetano, 1929 (aquarela e crayon s/ papel), Figuras carnavalescas, 1950 (grafite / papel), Projeto para cartaz sobre o Rio, sd (convite da exposição - em grafite, nanquim e guache s/papel) e Figuras na praia, 1932 (grafite s/papel). A coleção de 40 desenhos, do acervo do Mac-Usp, em nanquim, grafite, guache e aquarela, foram feitas em sua maioria nos anos 20, 30 e 40, quando Di já estava no apogeu de sua genialidade. Cenas de cabarés, de bares, do bas-fond...o carnaval, a praia ... onde boêmios, mulatas e mulheres da noite aparecem como presenças fortes na vida e na obra do carioquíssimo Di. Di Cavalcanti iniciou sua atividade artística como desenhista em 1914 fazendo ilustrações, charges e caricaturas. Trabalhou como jornalista, ilustrador de livros, revistas, painéis, cenários para teatro, murais, projetos de decoração para locais de diversão como gafieiras e bailes de carnaval. Um dos mentores da Semana de Arte Moderna de 22, Emiliano Di Cavalcanti, não só ajudou a "inventar" o modernismo como também, segundo o professor Teixeira Coelho "o modernismo à brasileira". Segundo ele, "esta exposição, realizada numa inédita parceria com o Solar-PUC e dedicada centralmente às representações que o artista fez do e para o Rio de Janeiro, é uma ilustração eloqüente da opção estética e existencial de Di Cavalcanti, autor de comentários modernistas como não há outros na arte brasileira, conclui o diretor do MAC-Usp. Com seu traço extremamente versátil, Di eternizou a malandragem do Rio e a sensualidade da mulher brasileira, sobretudo a carioca.
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