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História e Memória

Departamento de Geografia e Meio Ambiente

Imagens do Deparatamento de Geografia

O curso de Geografia foi criado em 1941, juntamente com o de História, na Faculdade de Filosofia das Faculdades Católicas. Durante muito tempo os dois cursos funcionaram sob um mesmo departamento (História). O Departamento autônomo, foi criado em 2002, com as habilitações de Bacharel e Licenciado em Geografia. Nomes de expressão na Geografia nacional aturaram no quadro docente do Departamento, como Milton Santos, Fábio Macedo Soares Guimarães, Orlando Valverde, Nilo Bernardes e Aluízio Capdeville Duarte, Rogério Haesbert, Ruy Moreira, Carlos Walter Porto Gonçalves e Hélio Póvoa Neto, estes dois últimos também ex-alunos. Em 2014 passou a ser denominado de Departamento de Geografia e Meio Ambiente.

A ênfase nos estudos sobre meio ambiente tem sido uma marca nas últimas décadas – um ambiente de concepção ampliada, incluindo as inúmeras interações do social com o natural. Com um perfil voltado para os estudos socioambientais, o curso de Geografia e Meio Ambiente forma profissionais capazes de intervir no espaço, racionalizando o seu uso e funcionando como agentes de sua conservação. A opção pelo Bacharelado habilita o aluno a trabalhar na área de planejamento e gestão territorial, no campo das pesquisas institucionais e no mercado da consultoria empresarial. Já a formação em Licenciatura habilita o estudante a ocupar o cargo de professor dos ensinos médio e fundamental.

O Programa de Pós-Graduação em Geografia (PGE) da PUC-Rio, foi iniciado no segundo semestre de 2007, tendo como marca o seu potencial de articulação entre segmentos de formação de ensino e pesquisa (graduação e pós-graduação), interinstitucional (caráter nacional e internacional) e de atividades de ensino, pesquisa e extensão, o que mostra a sua importância no contexto de formação do profissional do Rio de Janeiro, Brasil e outros países.

Temos, atualmente, três linhas de pesquisas para o mestrado:
a) Transformação da Paisagem;
b) Espaço e Sustentabilidades;
c) Educação Geográfica e Cidadania.

O curso de doutorado foi recomendado pela CAPES em abril de 2015,e tem como área de concentração Geografia e Sustentabilidades, que se estrutura em duas linhas de pesquisa: Espaço, Cotidiano e Sustentabilidades; e Transformação da Paisagem e Sistemas Socioecológicos.

O programa procura retomar a tradição geográfica, tendo como referência central a relação sociedade-natureza entendida, na maior parte do tempo, como relação homem-meio. Mesmo que outros ramos da ciência se dediquem a essa referência, na Geografia ela emerge como tema fundador e permanente. A busca da síntese natureza/sociedade obriga ao exercício da interdisciplinaridade e, ao mesmo tempo, coloca a Geografia na procura de um discurso específico centrado não apenas na “naturalidade” pura dos fenômenos, mas, fundamentalmente, em suas interrelações com os fatos sociais.

No campo da Geografia Humana, questões prementes da atualidade como os processos de globalização, de territorialização, de metropolização do espaço, de segregação espacial, de produção do espaço, de novas possibilidades de industrialização, da ressignificação do espaço rural frente às transformações da agricultura serão trabalhadas pelo enfoque das sustentabilidades na questão ambiental.

Nas questões ambientais em sentido mais estrito, um campo amplo e próprio da Geografia é o processo da transformação da paisagem pela ação do homem. A linha Educação Geográfica e Cidadania mantém a preocupação de aproximação entre as áreas do conhecimento. A conexão entre a ciência geográfica e a sociedade em geral, desde o século XIX, dá-se, primordialmente, através do seu ensino nas redes de educação públicas, privadas, alternativa, e a escola, como instituição da Modernidade, que define o cotidiano em núcleos sociais diversos, busca articular, didaticamente, a ciência produzida na Academia com o ambiente social vivido, nas suas várias épocas e das mais diversas perspectivas ideológicas e funcionais. Mesmo diante de toda sua capacidade de articular processos espaciais multiescalares e com múltiplas representações na sua ação profissional, percebe-se ainda que os licenciados em geografia (professores), a partir de matrizes curriculares compartimentalizadas (apesar de uma legislação mais ampla e promissora, desde 1996), continuam isolados, apenas 'ensinando os conteúdos da Geografia', o que desestimula o aprendizado dessa ciência por jovens e adolescentes, desperdiçando-se a possibilidade de mudança real na capacidade de reflexão e ação dos sujeitos. A atuação concreta do Departamento tem em muito contribuído para alterar este quadro, fornecendo um fórum permanente de debates de ideias que juntam o social ao natural.

Por fim, cabe destacar que o quadro docente do PGE é composto por 21 professores, sendo 17 de tempo integral três colaboradores e um visitante. Considerando o quadro de profissionais efetivos do PGE globalmente, apenas três docentes são originários de graduação da própria PUC-Rio, o que evidencia uma reduzida endogenia no seu quadro profissional.